segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Em mim

Sinto falta...
Falta dos sonhos, da ilusão, da esperança, da paciência...
Falta dos olhos, do calor, dos sonhos, da espera, da verdade...
Luto a cada dia pela sobrevivência do que resta de mim,
Luto para trazer de volta parte do que fui... no luto do que perdi.
Busco encontrar... encontrar os sentimentos que não conheci,
Busco descobrir razões para o que não vi ou não vivi,
mas principalmente para os que vivi e o que aprendi.
Busco relembrar os velhos motivos para não desistir
e crio novos motivos para seguir.
Olho ao redor e a vida me dá motivos para sorrir,
As feridas e os obstáculos tornam-se menores e menos assustadores,
A dor ameniza e sigo em frente...
O que é meu está em algum lugar, que ainda não descobri...
Nunca tinha reparado como meu interior podia ser grande,
até me deparar com toda essa diversidade de sentimentos.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Depende do Olhar

Todos os dias aprendo, com erros ou acertos,
Com ácidas verdades ou doces, e nítidas, mentiras.
Aprendi a cuidar de mim, da minha vida.
Me apego com unhas e dentes ao que me encanta,
Mas também posso me desapegar... basta não me fazer bem.
Para alguns posso ser dura, fria e inflexível. Odiosa?
Para outros sou forte, objetiva e determinada. Admirável?
E tudo isso depende da postura de quem vê.
Vou ser quem sou e isso é fato!
Posso ser mais viva e mais alegre
Posso ser mais menina ou mais mulher,
Posso não ser aquela que quisera,
Não agradar apenas pelo fato de não dissimular.
Mas de fato serei sempre EU!



(iniciado em 16/11/2011 e concluído em 07/08/2012)
    Nos mostramos ao longo dos anos ou desde pequenos já damos sinais de quem somos? Há alguns dias durante uma "faxina geral", daquelas em que remexemos em todos os cantos do armário, encontrei uma carta (isso mesmo, CARTAAA... com selo postal e tudo) que recebi de uma velha amiga, com a qual infelizmente ao longo dos anos, perdi o contato. Nela algo me chamou a atenção. Ela perguntava: "E aí? Continua escrevendo poemas apaixonados?" 
    Pasmei. Pela data eu devia ter de 14 para 15 anos!!! Nem mesmo eu me lembrava que fazia isso e pior, não guardei nada daquela época. Por alguns instantes refleti sobre a pergunta feita por minha amiga e há quanto tempo... há quanto tempo tinha deixado de lado algo que me fazia tão bem. O que tinha sido feito desse hábito? Onde me perdi? O que tinha sido feito de mim?
    Escrever é algo que realmente gosto de fazer. Sejam textos bobos onde posso mencionar a mesmice do cotidiano, ou apenas minhas tentativas de poemas nos quais pode me faltar perícia mas nunca sentimento. Nunca tentei escrever contos ou coisas assim e nem mesmo sei se conseguiria, mas definitivamente gostaria de ter esse dom... Nesse momento percebi como estava sentindo falta de escrever.
    Lembrei-me do blog onde por algumas vezes conseguia externar minhas emoções e expectativas. Blog esse que tenho apenas como meu. Sei que uma vez na internet estou abrindo aos olhos do mundo, mas o fato de não divulgá-lo me faz sentir menos "invadida". 
    O dia a dia, a pressão das coisas que tenho que fazer, serão desafios diários a serem enfrentados, mas tentarei retomar meu passatempo predileto e que, pelo que pude observar, sempre fez parte de mim.